Não faz nem dois meses que me mudei para um novo lar, estou apreciando as pequenas tarefas cotidianas, pela primeira vez cabem na palma de minhas mãos.
Dei-me tempo e me tirei desperdícios. Só o essencial vive em minha nova casa.
Agora posso realmente desfrutar de tudo o que tenho, já que é menos; Usar toda a louça, lavar com gosto depois, admirar a organização, os vazios.
Pisar descalça no gostoso do chão. Maravilhar-me com a vista verde, com as frutíferas, com a brisa do que vem do mar... Aproveitar o silêncio, o zumbido do vento.
Arrumar minhas coisas, dentro e fora, acalma a alma, lavando e guardando a roupa.
Tudo é bom. O banho quente bem forte. O barulho da chuva no telhado. O amarelo da varanda. O amarelo do por do sol. Os novos vizinhos tão amigos.
Os pequenos rituais de abrir a caixa de correios, colocar o lixo fora. Todo o lixo.
Recorda-me da casa de minhas avós, onde esta simplicidade também era tão presente.
Tudo é como deveria ser.
Reaprendo a ouvir mais o coração e ele canta, canta bem alto.
Namastê!